Ecletismo a qualquer preço?

A derrota da equipa de andebol hipotecou, mais uma vez, as nossas aspirações ao título do corrente ano.

As constantes contratações de jogadores e técnicos não têm surtido o efeito desejado, mesmo quando visam o enfraquecimento dos mais directos rivais.

Parece-me que o principal problema se centra ao nível da forma como muitos jogadores encaram o desafio de jogar no Benfica.

É notório que algo se passa, especialmente, ao nível dos processos motivacionais. Em muitos jogos, parece que estamos em presença de uma equipa de bairro, desconcentrada, que oscila imenso, sucumbindo facilmente às adversidades com que se confrontam.

Tal desempenho, parece não augurar nada de bom para esta modalidade emblemática do Sport Lisboa e Benfica.

Voltámos a perder o comboio quando prescindimos de Donner. Antipático, distante, disciplinador e competente: eis alguns dos atributos imprescindíveis ao sucesso. Porém, os atletas não simpatizam com métodos rígidos, mas consideravelmente mais eficazes. 

Há que reflectir, até porque o investimento é elevado e passível de ser canalizado para outra modalidade que assegure inquestionavelmente títulos, apesar dos assaltos da turminha.

O caso do atletismo parece-me paradigmático: investimento progressivo em função dos resultados obtidos.