camisolas, selecções, conjecturas e como alimentar burros a pão de ló sai caro.

A camisola da Seleccção Nacional é a mesma, jogue lá o Eusébio, o Gomes ou o Figo. Estive presente em quase todos os grandes jogos da selecção e apoiei-a do primeiro ao último minuto, independentemente dos jogadores, dos seleccionadores ou dos dirigentes.

Posso ser contra muita coisa - e até sou contra a ideia de nação que muitos idiotas espalham por aí. Mas não contrario um sentimento intrínseco, um sentimento meu.

Aceito que se diga, por aí e por acolá, que a selecção é isto, aquilo e aqueloutro - muitas vezes, na verdade, é. Mas sinto a selecção como uma coisa que também é minha.

As selecções, muitas vezes, funcionavam como o último reduto de um futebol porpular. Desde que a Federação inglesa decidiu adoptar um futebol, na selecção, que contraria os princípios de jogo das equipas inglesas (não, não é na premier league que isso se vê...), que essa matriz popular de perdeu. Apareceu, por outro lado, uma ideia de comércio que estende às selecções o marketing dos clubes. Isso é mau, em todo o seu conjunto.

Mas aquilo que nós gostamos, como já escrevi moutras paragens, é do futebol associado. O que, ao contrário do futebol amador, do futebol de rua e, até, do futebol de luta (florentino ou australiano), tem dois donos (que decidiram não litigar pela sua master): a FIFA e o International Board (Federação Inglesa, Escocesa, Galesa e Irlandesa). Além deles, népia. Quem quer jogar futebol associado, rege-se pelas suas regras, quem não quer, joga outra coisa qualquer. Aí, no futebol associado, quem nos representa, ao nível de selecções, é a Selecção Portuguesa, a que, eufemisticamente, se chama Portugal.

Estando o nome de Portugal metido na coisa, estou sempre lá...

Quem quer, vai, quem não quer, não vai. Simples e magestoso.