sexta-feira, 21 de junho de 2013

Formação

A formação do Benfica, dizem-me os entendidos, é das melhores do mundo. 

O consulado Vieira revolucionou todo o futebol de formação, sendo certo que o nosso modelo é observado por todos oa clubes da Europa. Não é por isso de estranhar que o Benfica tenha muitos jogadores em todas as categorias (penso que só nos sub-19 são 9...) e que os nossos jogadores sejam, de facto, os melhores por categoria.


Esta melhoria, mais dia menos dia, mais sérvio menos sérvio,  terá repercussões na equipa principal.

A pergunta a fazer é esta: não devia o Benfica apostar desde já em jovens profissionais? 

Tivéssemos sido, como nos competia, campeões nos últimos 2 anos e isso seria possível.  Agora não.  O Benfica tem de ser campeão três vezes nos próximos quatro anos e ganhar, pelo manos, mais três competições.  Sem isso, o mandato de Vieira será avaliado miseravelmente.

A formação também sofre com a asneira que foram os últimos três anos...


Enviado de Samsung Mobile

4 comentários:

  1. Acho um pouco ingénuo pensarmos que a aposta nos jovens de valor (realço esse facto pois nem todos têm capacidade para chegar à equipa A, mas há pelo menos dois ou três todas as temporadas que poderiam fazer parte) está intimamente ligada com o facto de sermos ou não campeões no ano anterior.

    Aliás, se há correlação com esse factor é negativa, ou seja, cada vez que somos campeões, mais dinheiro entra em caixa e menos aposta nos jovens é feita, pois mais contratações estrangeiras são feitas.

    Basta vermos o que se passou entre a época 2004-2005 e a 2005-2006.

    Por vezes penso mesmo se não fazia bem haver um limite de endividamento, logo de orçamento de contratações todas as épocas, mais controlado, pois assim só se contratava o estritamente necessário, evitando os melões podres que se contratam anualmente e por conseguinte teria que se apostar na prata da casa.

    Seria assim um mecanismo de controlo ao abuso de recursos financeiros.

    É que temos o exemplo do país e do que se passa um pouco por todo o mundo a nível financeiro.

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  2. Colocaria um prazo para se avaliar os efeitos concretos da formacao. Se ate 2010 nao houver impacto na equipa principal (directamente atraves de atletas a jogar, ou atraves de vendas de passes de jogadores), deveriamos considerar acabar com a formacao, pelas razoes que descrevo abaixo.

    Sei que isto e controverso mas nao deixa de ser pragmatico e merecedor de seria consideracao. Ha muitos anos andamos todos apaixonados pela "ideia" da formacao apesar de no meu tempo de vida nao termos tirado grande proveito em termos de impacto na equipa principal, na venda de passe de jogadores, e no crescimento nesses jogadores de uma ideia de respeito e fidelidade para com o clube. Isto apesar de sucessivos investimentos, maiores ou menores, mas cumulativos.
    De rendimento, tivemos desportivamente tres epocas de Rui Costa, duas de Paulo Sousa, mais anos de Paulo Madeira do que desejavamos e uma ou outra de Manuel Fernandes, Joao Pereira, Bruno Caires, Hugo Leal etc. Pouco mais. Financeiramente, tivemos 900 mil contos de Rui Costa e a indemnizacao do Sporting relativamente a Paulo Sousa. Em termos de fidelidade a um ideal de Benfica, temos Rui Costa e pouco mais, e atente-se na lista anterior para ver que aqui o falhanco e claro.

    Nas proximas 7 epocas deveria haver um forte esforco concertado para reverter este quadro. Se ate 2010 isto nao acontecer, sou a favor que o Benfica cumpra uma obrigacao social ajudando o desporto escolar atraves de financiamento e quadros, enraizando a sua imagem junto dos jovens e gastando bem menos que na formacao actualmente; invista fortemente na prospeccao e em protocolos de desenvolvimento com clubes menos abastados; e termine com os escaloes de formacao.

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  3. Queria dizer 2020, desculpas pela gaffe

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  4. O problema da formação não está no facto de sermos campeões ou não. Está no facto de sabermos se o que temos (que temos muito bons, como temos razoáveis e muito maus) está inserido numa estratégia do clube para a aproveitar.

    Desde 2005 que o Seixal (8 anos) tem funcionado em pleno. 8 anos é o suficiente para se começar a implementar uma estratégia de apoio à equipa A, no que ao futebol diz respeito. E se em anos idos, tivémos bons exemplos, nos últimos anos, apesar de não sermos campeões nos escalões jovens, a matéria prima estava lá e tinha de ser cuidada. Não foi.
    E não foi porque temos um treinador que não aposta na formação do Benfica. Porque prefere apostar na formação paraguaia, argentina ou brasileira, porque lhe convém. E não há ninguém que lhe faça ver que, mesmo ali ao lado, até tem soluções parecidas e com baixo custo.
    André Gomes é o último exemplo. (André Almeida não conta para este número porque fez a formação no Belenenses). André Gomes só é chamado para a equipa A, porque é o último recurso disponível numa estratégia mal planeada da época passada, uma vez mais.
    O Benfica tem jogadores muito bons na formação. Com talento que precisa de ser trabalhado como em qualquer clube do Mundo no escalão sénior. Não é ostracizando o jogador, ou minorando o seu talento que pegará alguma vez de estaca, ou mesmo aos bocadinhos, na equipa principal.
    É preciso estratégia, pura e simplesmente estratégia, que não saia da boca dos responsáveis como sendo uma coisa muito bonita, mas que depois na prática, não deixa de ser uma ilusão. Mais uma...

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