Gosto tanto do Barcelona como de merda e ainda gosto menos do Madrid, clube do fascismo centralista castelhano.
É simples e conciso.
Mas sempre gostei de Guardiola, de Pep Guardiola, o 4 que nunca fui, o jogador que sempre quis ser.
O seu adeus a uma casa que é sua, que sente como sua, onde bebeu desde que nasceu, o seu adeus profissional deve ser um aconchego de alma, a libertação suprema das amarras do amante.
Há quem diga que não há verdadeiros amantes no matrimónio, porque o contrato extrai o amor. Desconheço, mas tenho visto guerras maiores que as das rosas...
Guardiola, de hoje em diante, como um verdadeiro amante, liberto do espartilho do matrimónio, volta a ter aquele amor filial que outrora o levou a Itália, onde foi vitima de uma cabala.
Guardiola, de hoje em diante, pode lutar pelo futebol profissional, largando a sua concubina de sempre, o seu amor eterno.
Guardiola, enfim, pode voltar a ser o ganancioso do futebol, o homem dos tempos contemporâneos, amando, ao mesmo tempo, na clandestina noite do Raval...
Guardiola juntará, daqui a muito tempo, espero, a sua alma culé à alma de Montalban, perdida por entre os pássaros de banguecoque, e será sempre um ídolo de todos os que amam o que amam, junto ao Mestre da ilusão, ao Mestre de Pepe Carvalho, o Poirot dos tempos modernos.
Guardiola, Lisboa é já aqui ao lado.
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