Luís Filipe Vieira deixou a nação benfiquista histérica de orgulho pelo seu discurso de ontem. A nação, bem, a nação não terá sido, porque eu, pelo menos, fiquei foi triste por não ter agarrado a oportunidade em pleno.
Luís Filipe Vieira, se quisesse ser ousado, se quisesse estar à altura dos pergaminhos do Glorioso, devia ter feito o discurso que lhe competia: o discurso da discórdia em relação à Federação Portuguesa de Futebol, o discurso da discórdia em relação à Federação Portuguesa de Basquetebol, que permitiu a realização de um jogo num ambiente clandestino.
Fernando Gomes, o amor escondido de Vieira, entrou para o dirigismo português através do basquetebol, como podeis observar aqui.
Tornou-se o braço armado do ladrão que declama poesia na secção de basquetebol e, depois, foi para a Presidente da Liga, onde só os deuses sabem o que fez para travar a marcha do Benfica.
A esse propósito, posso apresentar testemunhos de diversos atletas do Benfica, que provam que o que Fernando Gomes era capaz de organizar no antigo Américo de Sá torna o episódio de quarta-feira num número de Rua Sésamo. Aliás, o nosso treinador pode falar, melhor que ninguém, sobre isso...
Esses foram os tempos em que começaram as guerras a sério pelo poder no basquetebol, em que o falecido presidente do Vitória Futebol Clube, Manuel Aurélio Cruz, também teve participação, logo afastado por obra do diabo.
Quem esteve no meio disto tudo, então?
Fernando Gomes, foda-se, Fernando Gomes, o pai do actual treinador adjunto Moncho Lopez.
Por isso mesmo e muito mais, Vieira podia ter falado, bem, saliente-se, de declamadores de poesia que são ladrões, de fruta e fruta (numa escuta ouve-se bem que há duas espécies de fruta), de café com leite e o diabo a quatro. Podia, desde que tivesse dito uma coisa muito simples: "estes métodos foram adoptados, no basquetebol, pelo Sr. Presidente da Federação, que demonstrou este ano e no ano passado não prestar para as suas funções, que me iludiu e tal, coiso e tal..."
Vieira podia e devia ter arrancado, ali, ontem, ali, no meio dos nossos campeões, para uma lógica de ataque cerrado às estruturas federativas dominadas pelos tripeiros, como seja a Federação Portuguesa de Futebol, mantendo o ataque ao seu ex-amigo ladrão, declamador de José Régio.
Eu bem sei que ali à volta de Vieira não gravita uma alminha que perceba de mensagem política, ou o que é a política (bom, o episódio da indigitação/não indigitação de Santana Lopes como Primeiro-Ministro deve ter esgotado a capacidade de João Gabriel). Mas eu, se fosse um desses conselheiros, depois de ver Vieira a trazer Veiga e a correr, em boa hora, com Veiga, a contratar jogadores a Paulo Barbosa (ao menos se fosse algum Maradona...), a apoiar Valentim na antevéspera do "apito dourado", a apoiar Gomes..., se fosse um deles, também já não sabia como aguentar as dores de rins.
NB - um dirigente do Benfica, Silvio Cervan, alega que estavam no campo de jogos dos tripeiros 2.237 espectadores afectos ao nosso adversário. Silvio Cervan, bem sei que mora no Porto e não foi lá, como era, aliás, seu dever. Mas conheço quatro grandes benfiquistas, por sinal um deles é um dos meus grandes amigos e figura conhecida do Norte do país, que lá foram, festejaram e saíram com protecção policial. Sim, festejaram. Quem sabe se, afinal, não era para eles que Carlos Lisboa se dirigia, festejando também. Podem ter sido 2237, é verdade, mas ao menos quatro orgulhosos Benfiquistas eram dos nossos!
Que grande texto! Tocas no ponto da questão.
ResponderEliminarAutorizas que meta este texto e um link o teu blogue no Geraçãobenfica?
é evidente. Publica o que entenderes... Isto é a liberdade de expressão máxima, sem Relvas no caminho.
ResponderEliminar@José Costa (inespugnabile do benfica), aqui neste post ,nada a acrescentar.
ResponderEliminar...Espera uma nota pro moncho , porque foi um facto denunciado pelo Évora,
-"enquanto seleccionador andou a aliciar jogadores prós tripeiros" e a secção de basquetebol não conseguiu segurar o promissor João santos.