O que se passa com o homem, com SS? De Kissinger à Arte da Guerra

Até nas ditaduras mais totalitárias o chefe aparece, ainda que debilitado.

Não é o que acontece nas margens do Douro, ali bem perto do Freixo: o homem do leme desapareceu, foi internado para uma "delicada intervenção ao coração" e ninguém mais o viu.

Eu que até nem sou de me preocupar muito com estas coisas, não deixo de ficar alerta, não esteja a acontecer aquilo que me confidenciaram no início de Junho: Antero a tomar o poder, ali bem nas barbas do velho, sem prestar contas a ninguém.

Bem sabemos que a intervenção teve de esperar pela assinatura do contrato de Hulk (ou não?) e outras coisas mais. Mas daí até hoje...

O futuro Presidente da China esteve desaparecido 12 dias e o povo, ainda que submisso, entrou em alvoroço. Por maioria de razão, numa agremiação muito mais totalitária do que a República Popular, o povo devia estar muito mais preocupado. Mas não está.

Não me cabe analisar a vida dos outros, a não ser que nos tratem por inimigos. É este o caso. Quando se trata, assim, de guerra, não ligar a todos os sinais é ignorância sobre a arte. Kissinger, na célebre Diplomacia, explica como com uma simples visita de estado, que nada teve de simples, conseguiu dar a volta ao mundo, impondo a ordem que hoje se vive. Apenas porque, leiam o livro, soube ler os sinais melhor do que ninguém - bom, também pode ter tido sorte, mas também D. Afonso Henriques teve em Ourique e D. João I em Aljubarrota e a história só reza heroísmo e façanhas.

Por isso mesmo e muito mais, gosto de perceber todos os sinais que dali saem. Estes, por exemplo, são típicos de uma ditadura duradoura e com apoio popular: as mudanças têm de ser lentas, para que nada falhe...


Sei que o líder da máquina ainda tem saúde para aguentar a coisa mais uns tempos. Mas os jovens turcos já não se sentem assim tão jovens. Antero, na ausência do senhor, está no leme e a coisa, para que perdure, não pode falhar - este é o seu ano.

O Benfica está alerta?