terça-feira, 16 de outubro de 2012

Estado de alma


Na conjuntura desportiva actual, só podemos voltar a ganhar em Portugal, sem recorrer às estratégias rasteiras e fora da lei do nosso opositor, se tivermos uma equipa capaz de ombrear, fora do país, com os grandes clubes europeus. Tal plantel, permitir-nos-ia uma confortável margem para enfrentrar os malabaristas do costume.

Não sou, de forma alguma, apologista da adopção do lema ganhar a qualquer custo. Contudo, defendo que devemos explorar à exaustão as fraquezas desse clube, revelando sistematicamente as suas sombrias intenções. Para isso, face à ingenuidade, desleixo e mesmo compadrio que alguns têm evidenciado, necessitamos de operacionais destemidos que conheçam bem os subterrâneos da corruptolândia e as trincheiras onde frequentemente o inimigo se esconde antes ou depois de alertado.

Olhando para as listas dos dois candidatos à presidência do Nosso Clube, não identifico personagens com características para a operação que urge realizar. Uns deixaram de pagar quotas durante anos e arvoram-se actualmente benfiquistas; outros que já trabalharam como coveiros, querem agora fazer autópsias; há ainda quem tenham relações profissionais e de amizade com soldados inimigos apoiando, incondicionalmente, os bandos de malfeitores que lhes estão associados.

Perante tal cenário, resta-me aguardar pelas próximas eleições, com o desejo que se candidate alguém que queira defender intransigentemente o Sport Lisboa e Benfica em detrimento de si próprio.

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