Quantos são os clubes das Ligas profissionais com os ordenados em dia?
O futebol português deixou de ser sustentável - e, como veremos, os próprios grandes vão vender, comprando pouco e barato, para que possam aguentar a onda recessiva que aí anda...
Como é que se explica que os clubes portugueses estejam neste estado? Porque cresceram até não poderem mais. O Guimarães e o Leiria, os caos mais graves, gastaram, gastaram, gastaram...
O problema, além da questão laboral, gravíssima, aliás, é percebermos até que ponto a integridade das competições não está posta em causa, quando os jogadores não têm, nesta fase de todas as decisões, dinheiro, sequer, para comer.
Um dia, noutra sede, defendi - calha e a minha voz deixou de ser ouvida desde aí... - que as Ligas profissionais, enquanto reguladoras de competições, impondo regras de rigor financeiro que devem ser cumpridas, são solidariamente responsáveis pelo pagamento dos salários. Se as regras são falsas, que deixem de sê-lo!
Os clubes grandes, com o Benfica à cabeça, não têm querido encontrar soluções que definam mecanismos de solidariedade, que permitam à Liga agir de acordo com o Direito.
Mas o futuro é já ao virar da esquina...
Uma Liga que deriva de clubes incumpridores, como pode obrigá-los a cumprir as leis ?
ResponderEliminarA verdade é que em Portugal não há dimensão de mercado que sustente tantos clubes profissionais.
Os clubes geradores de receita são:
Benfica, Porto e Sporting num primeiro escalão, embora já com diferenças assinaláveis.
Guimarães num segundo escalão.
Braga e Académica num terceiro escalão.
A partir daí, a dimensão das massas associativas é tão reduzida, que as receitas dependem essencialmente da televisão e dos patrocínios, pois com excepção dos jogos com os grandes, as receitas de bilheiteira não pagam os custos de organização.
Eu falei de 6 clubes com massa associativa para gerar receitas. É certo que há clubes melhor geridos que outros - Paços e Gil são mais realistas na gestão dos orçamentos que os rivais e portanto passam por menos sobressltos - que as transferências ajudam à gestão de orçamentos - Nacional e Marítimo - mas de resto as más práticas são uma constante.
Se 16 clubes profissionais numa primeira Liga, já são demais, pior ainda quando se juntam mais 16 numa liga que só dá prejuízo (imaginem o portimonense que tem que fazer 15 deslocações em que o clube mais próximo fica a quase 300 km e em que para aí 10 são a mais de 500 km), pois nem jogos com grandes clubes existem - excepção aos que se conseguem apurar para a fase de grupos da taça da liga (é muito raro e mesmo assim é na casa dos grandes), ou que têm sorte no sorteio da taça de portugal.
Pior que isto é querer aumentar-se ainda o número de clubes nas ligas profissionais.
Acho que deveríamos ter bom senso e admitir que deve haver 1 só liga profissional e 1 segunda liga em que não sendo amadores, os clubes não contassem só com profissionais, pois não há receitas para sustentá-los, pelo que fazia sentido uma divisão semi-profissional, onde os clubes profissionais pudessem ter as suas equipas b, com a restrição que no máximo só pudessem ter 3 ou 5 jogadores que não viessem da formação, ou tivessem já 1 ano de contrato da equipa profissional, com uma limitação etária de 25 anos de idade.
Se não há dinheiro não há profissionalismo e não é por extorquirem milhares aos 3 grandes que vão conseguir que exista esse profissionalismo.
Tas, nada!
ResponderEliminarIsto sempre foi assim, desde que vives e comes em Portugal, os azuis/verdes ganham-te aos pontos, são mais sérios , basta ver o dossie navios /joão pinto/ etc etc
Alguma dúvida, eu respondo...